Como foi amplamente divulgado, o III Seminário Nacional de Sociologia da UFS ocorrerá totalmente na modalidade remota durante os dias indicados na programação. Assim sendo, informamos que todas as atividades serão gravadas, transmitidas e hospedadas nos nossos canais do evento na internet e que a participação de inscritos(as) e convidados(as) pressupõe que estes(as) estejam cientes de tal modalidade, assim como que os(as) mesmos(as) autorizam o uso de sua voz e imagem (fotos e/ou vídeos) e das apresentações realizadas por eles(as) durante evento. Autorização que diz respeito as atividades gravadas, transmitidas e hospedadas através de quaisquer canais e plataformas utilizadas pelo evento, sem qualquer ônus e em caráter definitivo.
Mesas
Cruzadas jurídicas, conflitos políticos e luta contra a corrupção
Prof. Dr. Marcos Otávio Bezerra (UFF)
Profa. Dra. Fernanda Rios Petrarca (LEPP/UFS)
Prof. Dr. Wilson José Ferreira de Oliveira (LEPP/UFS)
Mediador: Valdênio Freitas Meneses (PPGS/UFS)
Os anos de 1990 constituem um marco nas transformações da luta contra a corrupção tanto no que diz respeito ao surgimento de grandes operações jurídicas (como a operação “mani pulite”) quanto no que se refere à constituição de uma indústria internacional anticorrupção. Diante disso, esta mesa visa, de um lado, examinar o lugar do judiciário na luta contra a corrupção e os efeitos de grandes cruzadas jurídicas no sistema político. De outro, analisar o papel das mobilizações, protestos e movimentos sociais e suas implicações para a democracia. Pretende-se com isso avançar num esquema analítico que consiga integrar diferentes níveis de análise: o sócio-histórico, o do sistema e processos políticos e o dos efeitos da esfera internacional.
Pesquisas e debates sobre as direitas no Brasil contemporâneo.
Profª. Drª. Esther Solano (UNIFESP)
Prof. Dr. Flávio Henrique Calheiros Casimiro (IFSULDEMINAS)
Prof.ª Dr.ª Isabela Kalil (Fespsp)
Prof. Dr. Odilon Caldeira Neto (UFJF)
Mediador: Prof. Dr. Marco Aurélio Dias de Souza (PPGS/UFS)
Os últimos anos trouxeram transformações marcantes no debate público brasileiro, com a expansão de movimentos e ideias articuladas com o espectro político reacionário. Essas transformações implicaram no crescimento da visibilidade de ideias autoritárias, na negação de direitos de grupos minoritários, na intolerância à diversidade cultural e religiosa, na ampliação de discursos contra a ciência e as Universidades, na negação de direitos humanos e no desdém com a vida. Ao mesmo tempo, apoiando-se nesses discursos, uma série de atores e movimentos políticos conseguiram projeção que os levaram a posições de destaque na política nacional, ao ponto de construírem uma aliança capaz de alcançar a presidência do país. Dentro desse cenário, a mesa propõe um debate sobre a atuação das direitas no Brasil, com o intuito de trazer pesquisas variadas a partir das análises de alguns/mas dos/as principais pesquisadores/das sobre o tema no país.
Migrações contemporâneas: por uma agenda de pesquisa
Prof. Dr. Marcelo Alario Ennes (DCS/PPGS/UFS)
Prof. Dra. Letícia Calderón (Instituto Mora/México)
Prof. Dr. Oswaldo Truzzi (PPGS/UFSCar)
Mediador: Allisson Gomes dos Santos Goes (PPGS/UFS)
As migrações contemporâneas têm se revelado sob muitos aspectos e problemáticas. Primeiro pelas novas dinâmicas de mobilidade expressas por meio de diásporas, movimentos transnacionais e circulares. Segundo não só pela diversificação de motivações, que vão das tradicionais, relacionadas aos fatores econômicos e políticos, àquelas relacionadas ao meio ambiente e à uma pauta identitária. Além de várias, estas motivações estão, frequentemente, sobrepostas e mantém relações de interdependência. O tema das migrações abre-se, assim, a um novo universo de questões tais a relação entre meio ambiente e migrações/refúgio, questões ligadas ao corpo, à religião, ao gênero, à sexualidade. Abordagens teóricas e metodológicas de orientação pós e decolonial, teorias feministas, e abordagens críticas ao nacionalismo metodológico, bem como, teorias ligadas ao paradigma da incorporação, têm garantido maior visibilidade e inteligilidade destes, por assim dizer, novos fluxos migratórios. Deste modo, esta mesa redonda procura contribuir por apontar agendas de pesquisa sobre o tema as migrações de modo a destacar novas (e velhas) questões ligadas às suas implicações sociais, políticas e subjetivas.
Repensar as cidades: urbanidades distópicas
Prof. Dr. Carlos Fortuna (Universidade de Coimbra – UC)
Prof. Dra. Lúcia Bógus (PUC-SP)
Prof. Dr. Rogerio Proença Leite (PPGS/UFS)
Mediador: Prof. Dr.Eder Malta (UNINASSAU)
Em meio à suspensão e rupturas das sociabilidades públicas face a face, que tão longamente caracterizaram a vida cívica nas cidades modernas, o modelo adensado das metrópoles tem agora um desafio a mais: como repensar as urbanidades à luz das novas necessidades epidemiológicas de prevenção e distanciamento social, sem comprometer os dispositivos usuais de interação pública que estruturam e dão sentido urbano às cidades ?
Juventudes e desigualdades sociais em tempos de crise e de radicalização política
Prof. Dr. Carles Feixa (Universitat Pompeu Fabra – Barcelona/Espanha),
Prof. Dra. Alcinda Howana (London School of Economics and Political Sciences – Londres /UK)
Prof. Dra. Mariana Chaves (Universidad Nacional de La Plata – La Plata/Argentina)
Mediador: Prof. Dr. Frank Marcon (PPGS – Universidade Federal de Sergipe)
A proposta desta mesa é trazermos diferentes reflexões que consideramos urgentes sobre o tema juventudes no presente, levando em conta o fenômeno mais geral da radicalização política, do avanço dos liberalismos nacionalistas, do aumento das desigualdades sociais e dos efeitos da crise provocada pela pandemia SARS-COVID, que tem afetado particularmente a vida das e dos jovens e suas possibilidades de construção de autonomia social e suas relações intergeracionais. Os três convidados falam a partir de lugares e sociedades bastante distintos, especificamente a partir de olhares sobre Europa, África e América Latina, embora com um amplo trabalho que os conecta em torno de questões, como: as culturas juvenis, as desigualdades e vulnerabilidades sociais, as violências, a moratória social vivenciada pelas juventudes, as agências políticas e as relações intergeracionais. O objetivo é promover o encontro e o debate entre as reflexões atuais destes autores e a contribuição de seus estudos para as Ciências Sociais.
Distopias da ocupação do litoral Aracajuano
Profa. Dra. Simone Pereira de Araújo (DCS-UFS)
Profa. Dra. Marina de Souza Sartore (DCS/PPGS/PRODEMA-UFS)
Dra. Samira Daud (ADEMA-SE)
Mediador: Msc. Antonio Daniel Alves de Carvalho (PPGS)
Esta mesa redonda pressupõe apresenta ao público uma sociologia necessária nos tempos atuais: a sociologia da ocupação do litoral. Em tempos de pandemia, grande parte da população se viu privada do uso da praia e questões sobre o processo de ocupação do litoral ganham mais relevância neste contexto. Três expositoras vão expor suas pesquisas e vivências sobre a Orla Marítima de Aracaju, delimitada entre a praia de Atalaia e o rio Vaza Barris sob três diferentes perspectivas: a primeira, histórica; a segunda, sobre a ocupação pelos mercados; e, a terceira sobre a situação atual, entre as formas atual e ideal de ocupação do litoral.
Contrassensos contemporâneos do mundo do trabalho
Prof. Dra. Graça Druck (UFBA)
Prof. Dr. Jacob Carlos Lima (UFSCAR)
Prof. Dr. Ruy Braga (USP)
Mediador: Prof. Dr. Ivan Fontes Barbosa (UFS)
As mudanças pelas quais o mundo tem passado na contemporaneidade deixam intrigados os principais analistas em relação às perspectivas e os contornos que a sociedade poderá a vir assumir nos dias vindouros. O advento daquilo que alguns autores denominam Quarta Revolução Industrial tem alterado significativamente a estrutura social na qual está assentada a sociedade capitalista. As feições que os reflexos dessas mudanças imprimiram e imprimirão nas configurações sociais ainda estão por serem sentidas. No mundo do trabalho essas alterações têm sido orquestradas e seus impactos percebidos desde o último quartel do século XX. Em sociedades como a brasileira, constituída na periferia da geopolítica capitalista mundial, a previsão é que os impactos sejam significativamente mais desastrosos. O sonho da sociedade do pleno emprego é concretamente destruído antes mesmo que os sinais de sua conquista começassem a serem vistos Neste sentido a terceira edição do Seminário Nacional de Sociologia do PPGS-UFS (Distopias dos extremos: sociologias necessárias), oferece uma oportunidade para que reconhecidos pesquisadores e pesquisadoras do campo da sociologia brasileira, apresentem suas reflexões sobre alguns horizontes teóricos e metodológicos da agenda das pesquisas no âmbito da sociologia do trabalho contemporânea e sua contribuição para acompanhar o debate acerca das mudanças tecnológicas e os seus impactos no mundo social.